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Lula mantém aprovação de 46% e reprovação de 50%, indica Datafolha

Segundo o levantamento, avaliação do presidente segue estável diante do confronto comercial com os EUA

A esperada melhora na imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o confronto público com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se materializou em termos imediatos, segundo levantamento do Instituto Datafolha. A pesquisa, divulgada neste sábado (2), pela Folha de S. Paulo, mostra que a aprovação do governo segue praticamente inalterada: 46% dos entrevistados aprovam o presidente e 50% reprovam.

Avaliação do presidente:

  • Aprovam: 46%
  • Reprovam: 50%

Avaliação do governo:

  • “Ótimo” ou “bom”: 29%
  • “Ruim” ou “péssimo”: 40%
  • “Regular”: 29%
  • Não sabe: 1%

Os dados foram coletados entre os dias 29 e 30 de julho, justamente durante a escalada retórica entre os dois presidentes. Trump aplicou sobretaxas de até 50% às importações brasileiras, embora tenha anunciado exceções para proteger determinados setores da economia dos EUA. O republicano justificou as sanções como resposta ao que chamou de “caça às bruxas” contra seu aliado Jair Bolsonaro (PL).

A ofensiva de Trump incluiu, ainda, tentativas explícitas de interferência no Judiciário brasileiro: o presidente norte-americano condicionou uma possível reversão das tarifas à interrupção do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, relacionado à tentativa de golpe após sua derrota nas eleições de 2022. Como retaliação, impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Nacionalismo nas redes e apoio internacional – Em resposta, Lula adotou um discurso fortemente nacionalista. A estratégia comunicacional chegou a ser elogiada por veículos internacionais, como o New York Times, mas o impacto sobre a opinião pública brasileira foi limitado. Na pesquisa do Datafolha, 45% dos entrevistados disseram acreditar que Bolsonaro é alvo de perseguição.

Índices estáveis e desafios internos – O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 130 municípios brasileiros, com margem de erro de dois pontos percentuais. Em comparação com a rodada anterior, realizada no início de junho, a avaliação de Lula oscilou dentro da margem: o percentual de “ótimo e bom” foi de 28% para 29%; o de “ruim e péssimo” manteve-se em 40%. O índice de avaliação “regular” caiu de 31% para 29%, enquanto 1% dos entrevistados não soube opinar.

Já a avaliação pessoal de Lula como presidente mostra leve estabilidade: 46% dos brasileiros aprovam seu desempenho, ante 50% que o reprovam, número idêntico ao registrado em junho.

Segmentação do apoio e da rejeição – A pesquisa mostra que a popularidade de Lula se mantém mais alta entre os eleitores com menor grau de escolaridade (42% de ótimo e bom) e entre os moradores da região Nordeste (38%). Por outro lado, a desaprovação é mais elevada em segmentos fortemente associados ao bolsonarismo: entre os eleitores da classe média baixa (62%), os mais ricos (57%), evangélicos (55%), moradores da região Sul (51%), pessoas com maior escolaridade (49%) e a faixa etária entre 35 e 44 anos (48%).

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A publicação aqui compartilhada caracteriza-se tão e somente como levantamento de opinião sem plano amostral, com participação espontânea de internautas e sem utilização de método científico para a sua realização