Cooperação global é nossa única escolha cntra a covid-19, diz chefe da OMS
Com mais de 18,5 milhões de casos de covid-19 relatados em todo o mundo até quinta-feira (6), e 700 mil mortes, o principal oficial de saúde da ONU apelou novamente aos países para que se unam na luta contra a doença.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), discursou no Fórum de Segurança de Aspen, que reúne funcionários de alto escalão e ex-funcionários do governo dos Estados Unidos.
A região das Américas continua sendo o epicentro atual da pandemia de covid-19.
“Apesar de todas as nossas diferenças, somos uma raça humana compartilhando o mesmo planeta e nossa segurança é interdependente – nenhum país estará seguro, até que estejamos todos seguros”, disse ele no encontro virtual.
“Peço a todos os líderes que escolham o caminho da cooperação e ajam agora para acabar com esta pandemia! Não é apenas a escolha inteligente, é a escolha certa e é a única escolha que temos.”
Investimento em preparação
Tedros disse que a pandemia testou a infraestrutura política, econômica, cultural e social global, levando ao limite os sistemas nacionais de saúde, em todos os lugares.
Como nenhum país pode combater o vírus sozinho, Tedros disse que “nosso melhor caminho é nos atermos à ciência, a soluções e solidariedade, e juntos superarmos esta pandemia”.
Durante uma sessão de perguntas e respostas moderada pelo apresentador de TV norte-americano Lester Holt, o chefe da OMS foi questionado sobre como garantir a distribuição justa de uma vacina contra a COVID-19 quando esta for desenvolvida.
Em abril, OMS e parceiros lançaram o ACT Accelerator para acelerar o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra a doença e para garantir que eles estejam disponíveis para as pessoas em todos os lugares.
“Mas para que isso aconteça, especialmente a distribuição justa, deve haver um consenso global para fazer de uma vacina, ou de qualquer produto, um produto público global. E esta é uma escolha política, um compromisso político, e queremos que os líderes políticos decidam sobre isso”, disse ele.